A luta pela educação pública e de qualidade está cada vez mais presente nas universidades brasileiras, principalmente em decorrência do baixo investimento do governo nesta área e do conjunto de medidas privatistas, como o Prouni, Pronatec e de expansão precarizadas, como o Reuni.
Em 2012, ocorreu a maior greve da história do ensino superior do país, em que 57 das 59 instituições foram paralisadas e graças à esta ação, foi conquistado por estudantes,professores e trabalhadores o aumento de 100 milhões para o Plano Nacional de Assistência Estudantil entre outros benefícios.
Nas Universidades Estaduais a história não é diferente. Agora, no estado de São Paulo, as Universidades USP, Unicamp e Unesp estão em greve há mais de 70 dias com adesão de docentes, funcionários e estudantes mobilizados em defesa das Universidades públicas paulistas e do ensino superior de qualidade. Por isso o movimento conjunto – USP, UNICAMP, UNESP, luta em defesa de questões que consideramos relevantes face ao trabalho na área da saúde, ligado ao ensino, extensão e pesquisa:
1)Reajuste salarial para docentes e servidores técnico-administrativos de 9,78%,para repor as perdas salariais:
– NENHUMA DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS, NO ESTADO DE SÃO PAULO, TEVE REAJUSTE ZERO NESTE ANO, COMO FOI O CASO DOS TRABALHADORES DAS UNIVERSIDADES PAULISTAS;
– A INFLAÇÃO CHEGA A 6,7% NO PERÍODO, COM AUMENTOS PERCEPTÍVEIS DE ALIMENTAÇÃO,ASSISTÊNCIA MÉDICA, ENTRE OUTROS;
– COMO OS DEMAIS TRABALHADORES NA SOCIEDADE, OS DAS UNIVERSIDADES MERECEM SALÁRIOS DIGNOS.
2)Abertura das contas e transparência da gestão financeira da USP e das Fundações que estão funcionando na USP:
– É NECESSÁRIO QUE A SOCIEDADE TENHA ACESSO AOS GASTOS DA USP, DADO QUE AS DECISÕES ORÇAMENTÁRIAS NÃO SÃO TOMADAS COM A PARTICIPAÇÃO DE TRABALHADORES, ESTUDANTES E OUTROS REPRESENTANTES DA SOCIEDADE;
3)Encaminhe-se com seriedade e responsabilidade as propostas que garantirão repasse justo para que as universidades possam garantir ensino, pesquisa e extensão de qualidade:
– HOUVE ABERTURA DE VÁRIOS CURSOS NOVOS SEM AUMENTO DE REPASSE DE VERBAS;
– É NECESSÁRIO REPASSE INTEGRAL ÀS UNIVERSIDADES PAULISTAS DO PERCENTUAL DO ICMS DEFINIDO NA LDO;
– REIVINDICA-SE REAJUSTE DO ATUAL VALOR REPASSADO DE 9,57% PARA 11,6% DO ICMS;
– GARANTIA DO CARÁTER PÚBLICO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS E CENTROS DE SAÚDE ESCOLA E REVERSÃO DE TODA ADMINISTRAÇÃO EM FORMA DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS;
– SEGURANÇA DE QUE OS ESTUDANTES PODERÃO ESTUDAR DIGNAMENTE PRESERVADAS AS CONDIÇÕES DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL.
Nós da Eneenf – Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem – entendemos que a educação é um meio de mudança e um dos principais instrumentos de intervenção na realidade social e por este motivo declaramos nosso TOTAL apoio aos estudantes, funcionários e docentes das Universidades Estaduais Paulistas e em especial aos do curso de Enfermagem que protagonizam importantes processos de luta na Eneenf e REPUDIAMOS toda e qualquer forma de violência realizada por parte do Estado.